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Presença de ômega-3 na nutrição parenteral diminui complicações após cirurgia de câncer gástrico

câncer gástrico

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O suporte nutricional é uma parte importante do período peri-operatório de cirurgia de câncer gástrico. A incidência de complicações a curto prazo após o procedimento de laparoscopia de câncer gástrico é ainda hoje, muito alta. Tendo visto esses dados, o presente estudo visou avaliar a repercussão da adição de componentes de ácidos graxos ômega-3, EPA e DHA, a partir do óleo de peixe que constituem a membrana celular e têm as vantagens da estabilidade da membrana e imunomodulação, e podem produzir fatores antiinflamatórios recuperação de pacientes submetidos a cirurgia de laparoscopia.

O estudo:

Foram avaliados 111 pacientes que receberam nutrição parenteral por pelo menos 5 dias pós procedimento cirúrgico.

Foram coletados dados antropométricos, exames bioquímicos, histórico de saúde e dados sobre a internação pré e pós operatória, assim como as suas complicações.

A nutrição parenteral:

Inicialmente, a nutrição parenteral era de 20 kcal / ml, sendo a metade destes, compostos por glicose e emulsões lipídicas. Os ingredientes eram glicose, aminoácidos, eletrólitos, água, vitaminas solúveis em gordura, oligoelementos e emulsão lipídica.

Os participantes foram divididos em dois grupos com a mesma proporção de dieta, sendo um grupo experimental com adição de ômega 3 (n=51) e um grupo controle sem essa adição, sem alteração calórica nos dois grupos. Segundo o fornecedor do óleo de peixe, cada injeção de 100mL contém 10g de óleo de peixe, incluindo 2,0g EPA e 2,3g DHA, e uma pequena quantidade de ácido mirístico, palmíticoácido, ácido palmitoléico e assim por diante.

Resultados:

Houve diferença significativa na incidência de complicações pós-operatórias entre o grupo experimental e o grupo controle (p= 0,027). Dos pacientes avaliados, 28 tiveram complicações leves e 10 tiveram complicações graves.

Grupo experimental:

No grupo experimental, haviam 9 (17,6%) pacientes com complicações leves, incluindo 3 pacientes com febre pós-operatória, 2 pacientes com lentidão no esvaziamento gástrico, 2 pacientes com infecção de incisão, 2 pacientes com TPN com duração de mais de 2 semanas, e 3 pacientes com complicações moderadas ou graves, incluindo 1 hidrotórax, 1 fístula linfática e 1 morte.

Grupo Controle:

No grupo controle haviam 19 (31,7%) pacientes com complicações leves, incluindo 6 pacientes com febre pós-operatória, 3 pacientes com lentidão no esvaziamento gástrico, 4 pacientes com infecção de incisão, 1 paciente com transfusão de sangue mais do que 2U, 5 pacientes com TPN durando mais de 2 semanas, e 7 pacientes com complicações moderada ou graves, incluindo 1 paciente com punção pélvica de líquido ascítico, 1 paciente com efusão pleural, 2 pacientes com vazamento de anastomose, 2 pacientes com fístula linfática e 1 paciente com hemorragia abdominal.

Conclusão:

Os pesquisadores descobriram que o número de complicações no pós-operatório foi muito pequeno, mas até certo ponto, as complicações pós-operatórias leves, moderadas e graves foram mais frequentes em pacientes sem adição de ômega 3 na fórmula parenteral.

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