Estudos evidenciam que o consumo excessivo vem contribuindo para o aumento do risco de desenvolvimento para doença cardiovascular, hiperparatireoidismo secundário, osteoporose e doença renal crônica. Em muitos países, a ingestão de fósforo é de duas a três vezes maior do que a recomendada pela Food and Nutrition Information Center (FNIC), que é de 700 mg/dia (RDA).
O fósforo é um nutriente obtido a partir de alimentos que contêm fosfato inorgânico (Pi) ou orgânico. A forma orgânica geralmente é utilizada na administração de nutrição parenteral. O Pi, encontrado na dieta, é absorvido facilmente pelas células do intestino delgado, e sua concentração sérica é regulada principalmente pelo paratormônio (PTH) e pelo fator de crescimento de fibroblastos 23 (FGF-23), sendo o rim o órgão de controle na liberação hormonal.
Os alimentos processados contêm fosfato adicionado e o consumo excessivo estimula uma maior secreção de PTH que tem como efeito a redução do cálcio sérico. Essa ação crônica do PTH pode contribuir para a perda de massa óssea, osteoporose e consequente hiperparatireoidismo secundário (HPTS), caracterizado pela hiperplasia das glândulas paratireóides, elevados níveis séricos do paratormônio (PTH) e alteração no tecido ósseo.
Estudos têm demonstrado que há uma relação direta entre a ingestão de fósforo e a obesidade, em que o elevado consumo desse nutriente foi associado a um maior índice de massa corporal e circunferência da cintura.Sobretudo, a ingestão em excesso de fósforo vem se tornando um problema de saúde entre a população, visto que o fosfato é adicionado em uma imensa variedade de alimentos, em especial os industrializados.