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Quais os malefícios do consumo da carambola na insuficiência renal?

Apesar da carambola ser uma fruta fonte de potássio (133mg por 100g), ela também é fonte de uma neurotoxina de natureza ainda pouco conhecida, que quando ingerida pode atravessar a barreira hematoencefálica. Para ser excretada, essa toxina precisa passar pelos rins, no entanto, nos pacientes com insuficiência renal crônica (IRC) seu acúmulo pode favorecer o surgimento de complicações, como intoxicação e até mesmo a morte após convulsões, mesmo nos pacientes em tratamento, seja na pré-diálise, diálise peritoneal ou hemodiálise.

Estudos de caso demonstram que o consumo da carambola promove sintomas como soluços, insônia, fraqueza, agitação, convulsões, formigamento, vômito, hipotensão e confusão psicomotora, sendo o primeiro caso descrito em 1980.

Cerca de 25 ml do suco ou metade de um fruto é a quantidade suficiente para provocar uma leve toxicidade, e evidências mostram que até mesmo pacientes com função renal normal estão sujeitos a desenvolver insuficiência renal aguda (IRA) quando há uma maior ingestão do suco da carambola associado a um estado de desidratação ou ao jejum prologado.

Alguns estudos afirmam que a causa das complicações e /ou sintomas, estão relacionados ao alto teor de oxalato, porém, recentemente foi realizado um isolamento biomonitorado da toxina, que resultou em um composto denominado caramboxin, molécula semelhante à fenilalanina, acreditando ser esta a possível causa da intoxicação, e consequente nefropatia.

O tratamento na intoxicação leve sugere a diálise peritoneal ou hemodiálise intermitente, no entanto, na intoxicação grave a instituição precoce da terapia intensiva, bem como o início precoce de hemoperfusão de carvão vegetal, pode favorecer uma condição potencialmente tratável.

Mediante evidências, pacientes com doença renal crônica devem ser aconselhados a evitar o consumo da carambola e seus derivados, como os sucos ou doces, não somente devido o alto teor de potássio, mas principalmente pela presença da neurotoxina, denominada como caramboxin.

 

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