Clinicamente, a taurina vem sendo utilizada no tratamento de diversas doenças, incluindo doenças cardiovasculares, doença de Alzheimer, alcoolismo e outras desordens degenerativas.
O papel benéfico da taurina foi primeiramente descrito em modelos experimentais de acidente vascular cerebral e prevenção de doenças cardiovasculares. Seus mecanismos de ação foram atribuídos à modulação simpática para reduzir a pressão arterial e ação anti-inflamatória.
A taurina (ácido 2-aminoetanosulfônico) foi inicialmente descrita como um aminoácido não-essencial, por ser sintetizada no fígado e cérebro, a partir dos aminoácidos metionina e cisteína. No entanto, recém-nascidos e crianças necessitam de taurina exógena, uma vez que existe uma baixa atividade das enzimas necessárias para a sua síntese na infância. Além disso, no adulto, o cérebro também necessita de taurina exógena por ter uma baixa atividade enzimática para sua síntese. Por estes motivos, a taurina passou a ser considerada condicionalmente essencial em fase de desenvolvimento humano, principalmente para o sistema nervoso, rins e retina. A deficiência de taurina está associada com cardiomiopatias, degeneração da retina e retardo no crescimento.
Embora o papel fisiológico da taurina não esteja totalmente esclarecido, sabe-se que este aminoácido não é utilizado para síntese proteica, sendo encontrado livremente no líquido intracelular. A taurina está envolvida em uma variedade de processos biológicos, como a formação de sais biliares, osmorregulação, inibição do estresse oxidativo, imunomodulação, diabetes e aterosclerose.
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Assim, esse aminoácido exerce um número notável de efeitos positivos sobre os processos celulares e doenças. A taurina pode ser obtida por uma dieta rica em frutos do mar e derivados de carne, sendo o leite materno uma das maiores fontes deste aminoácido. Por esta razão, é adicionada em fórmulas alimentícias de bebês prematuros, assim como na suplementação para neonatos mantidos em nutrição parenteral total em longo prazo.
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