A amêndoa de baru contém grandes quantidades de gordura monoinsaturada, aminoácidos essenciais, cálcio, vitamina E, ferro, zinco, fibra alimentar, tanino e ácido fítico. Devido à sua composição nutricional, essa semente, típica do cerrado brasileiro, tem atraído grande interesse científico.
Pesquisadores da Universidade Federal de Goiás conduziram um estudo randomizado controlado por placebo com 20 indivíduos. O ensaio teve dois períodos de seis semanas cada e um período de washout de quatro semanas entre os tratamentos. Os indivíduos foram alocados aleatoriamente em períodos alternados recebendo os seguintes tratamentos por período: suplementação com 20 g/dia de amêndoa de baru ou placebo (uma cápsula de amido de milho/dia). Comparada ao placebo, a suplementação com amêndoa de baru reduziu os níveis sanguíneos de colesterol total, a LDL-c (lipoproteínas de baixa densidade) e a fração não-HDL (lipoproteínas de alta densidade) do colesterol. Não houveram alterações significativas nos biomarcadores de oxidação celular avaliados. Diante desses resultados, os autores concluem que a suplementação alimentar de indivíduos moderadamente hipercolesterolêmicos com amêndoa de baru melhorou os parâmetros lipídicos séricos, de maneira que este alimento pode ser incluído em planos alimentares para redução do risco de doenças cardiovasculares.
Outro estudo investigou a atividade antioxidante dos extratos da amêndoa de baru e o efeito do consumo desta semente no estado oxidativo de ratos suplementados com ferro por via oral e os resultados demonstraram que o consumo da amêndoa de baru protegeu os tecidos contra o estresse oxidativo induzido pelo ferro. Os autores afirmaram que o ácido fítico contido na amêndoa de baru pode ser parcialmente responsável por este efeito protetor, no entanto, outros compostos, tais como fenóis também podem estar envolvidos.
