O termo sensibilidade ao glúten não celíaca (SGNC) foi estabelecido para se referir aos indivíduos que possuem intolerância ao glúten, quando o diagnóstico de doença celíaca ou de alergia ao trigo foi descartado.
A maioria dos sintomas associados com SGNC é subjetiva, incluindo dor e distensão abdominal, dor de cabeça, confusão mental, formigamento e/ou dormência nas mãos e pés, fadiga e dor muscular. No entanto, outros sintomas, tais como diarreia e erupção cutânea, bem como distúrbios neurológicos e psiquiátricos, incluindo a esquizofrenia e ataxia cerebelar (falta de coordenação dos movimentos podendo afetar a força muscular e o equilíbrio), também têm sido relacionados com a SGNC.
A definição precisa e amplamente aceita para a SGNC ainda não existe, mas é atualmente entendida como uma condição associada com a experimentação de vários sintomas em resposta à ingestão de alimentos que contêm glúten (como o trigo, centeio e cevada), sendo a resolução dos sintomas associada com a remoção desses alimentos da dieta.
Estudos experimentais, in vitro, têm demonstrado que a gliadina, uma das proteínas derivadas do glúten, altera a permeabilidade intestinal e aumenta o estresse oxidativo de células intestinais. Os estudos experimentais, in vivo, que utilizaram modelos de ratos com SGNC, verificaram que a exposição ao glúten induziu à disfunção intestinal, alterações na função neuromotora e na microbiota intestinal.
De acordo com pesquisadores, ainda faltam estudos para elucidar a patogênese, identificar potenciais alvos terapêuticos e entender plenamente as consequências da SGNC.
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