A condição de super crescimento bacteriano no intestino delgado, do inglês, small intestinal bacterial overgrowth (SIBO), ocorre quando bactérias colonizadoras do cólon aumentam a sua proliferação e colonizam o intestino delgado de maneira anormal.
Essa síndrome pode ser encontrada em pacientes com falência e disfunções intestinais, incluindo síndrome do intestino curto, distúrbios de motilidade e doenças inflamatórias intestinais. A consequência mais grave da SIBO é a sepse sistêmica devido a aumento na translocação bacteriana. O tratamento da SIBO inclui uso de antibióticos e terapia nutricional adequada.
Estudo piloto, prospectivo e aleatório avaliou as diferenças no tratamento com antibióticos metronidazol ou uma mistura de probióticos em pacientes com distensão abdominal (critérios de Roma III) e diagnóstico de SIBO. Vinte e cinco pacientes receberam metronidazol (500mg duas vezes por dia) e 25 pacientes receberam por cinco dias a mistura de probióticos contendo: Lactobacillus casei (3.3 x 107 UFC), Lactobacillus plantarum (3.3 x 107 UFC), Streptococcus faecalis (3.3 x 107 UFC) e Bifidobacterium brevis (1.0 x 106 UFC). Os sintomas referidos pelos pacientes melhoraram significativamente no grupo probióticos em relação ao grupo metronidazol (82% vs 52%; p = 0,036). Os autores sugerem o uso potencial de probióticos no tratamento dos sintomas de pacientes com SIBO.
No entanto, apesar dos estudos preliminares apontarem ações benéficas de probióticos, em SIBO, particularmente no reforço da barreira intestinal, inibição de bactérias patogênicas e estímulo de ação imuno-moduladora, ainda são poucos os estudos em pacientes com SIBO e novas investigações devem ser realizadas.