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Qual o papel dos flavonoides na saúde humana?

O termo flavonoide está relacionado com pigmentos vegetais e representa uma classe de compostos bioativos amplamente distribuída entre os alimentos, como cebola, brócolis, maçã, vinho tinto e chás. Diversos estudos têm demonstrado que estes compostos possuem atividade anti-inflamatória, antioxidante, antialérgica, hepatoproterora, antitrombótica, antiviral e anticarcinogênica.

Os flavonoides são compostos fenólicos de baixo peso molecular que podem ser divididos em subclasses. As principais subclasses de flavonoides encontradas na dieta incluem flavonóis (quercetina, caempferol, miricetina e isoramnetina), flavanois (catequina, galocatequina, epicatequina, epigalocatequina, epicatequinagalato, epigalocatequinagalato), flavonas (luteolina, apigenina), antocianinas (cianidina, delfinidina, pelargonidina, peonidina, petunidina), flavanonas (hesperitina, naringenina) e isoflavonas (genisteína, daidzeína, gliciteína).

A subclasse dos flavonóis é a mais abundante, em que a quercetina, o caempferol e a miricetina são os mais comumente encontrados em frutas e hortaliças. As flavanonas são encontradas predominantemente em frutas cítricas e as flavonas são encontradas em ervas aromáticas e grãos de cereais. Os flavanóis são encontrados em grande quantidade  nos chás (verde e preto) e no vinho tinto, mas podem também ser encontrados em frutas. As isoflavonas ocorrem em leguminosas, como soja e sementes oleaginosas. As antocianinas são responsáveis pelas colorações rosa, laranja, vermelha, violeta e azul, variando de acordo com o pH e presença de outros pigmentos, estando presentes em uvas, morangos e frutas vermelhas em geral.

Estudos demonstraram que a ingestão de flavonoides está associada com redução do risco de doenças cardiovasculares, por meio da prevenção da oxidação de LDL-colesterol (lipoproteína de baixa densidade) e diminuição da agregação plaquetária.

Os flavonoides podem estar relacionados com a prevenção/melhoria de diversas doenças, incluindo a síndrome metabólica e as doenças associadas, como diabetes e hipertensão. Evidências apontam para efeitos benéficos do consumo de flavonoides na diminuição do risco de obesidade, hipertrigliceridemia, hipertensão, hipercolesterolemia, e resistência à insulina. No entanto, apesar de terem alguns mecanismos moleculares descritos, ainda são necessários mais estudos para compreender seus mecanismos de ação. Estas dificuldades são explicadas pelas relações complexas entre os fatores de risco de doenças, os múltiplos alvos biológicos que controlam esses fatores de risco e o número elevado de flavonoides (incluindo os seus metabólitos) presentes na dieta. Assim, a extensa investigação básica e clínica justificam-se para avaliar a pertinência dos flavonoides na prevenção e tratamento de doenças.

 

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