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Quando está recomendada a suplementação de aminoácidos de cadeia ramificada (BCAA) para pacientes com doença hepática?

De acordo com a diretriz “Terapia Nutricional nas Doenças Hepáticas Crônicas e Insuficiência Hepática”, da Sociedade Brasileira de Nutrição Parenteral e Enteral (SBNPE), a suplementação de aminoácidos de cadeia ramificada (BCAA) para hepatopatas pode ser benéfica e deve ser considerada principalmente em pacientes desnutridos na presença de cirrose.

Os efeitos benéficos da suplementação incluem a melhora do perfil metabólico de aminoácidos, estado nutricional, qualidade de vida, redução do catabolismo proteico, normalização do quociente respiratório e melhora clínica da encefalopatia hepática. Ainda segundo a diretriz da SBNPE, as evidências científicas sugerem que, na cirrose avançada, a suplementação nutricional oral com BCAA é útil para melhorar a evolução clínica e retardar a progressão da insuficiência hepática.

O estudo realizado por Habu e colaboradores avaliou os efeitos da suplementação de BCAA em longo prazo em pacientes cirróticos. Os pesquisadores concluíram que a dose de 14,2g/dia, durante dois anos, foi eficaz para a manutenção dos níveis séricos de albumina durante o período de suplementação.

A suplementação de BCAA é válida porque eles podem competir com os aminoácidos de cadeia aromática pela passagem na barreira hematoencefálica, minimizando a entrada de aminas tóxicas no sistema nervoso central. Dessa maneira, o BCAA é indicado para pacientes com encefalopatia grave ou persistente, de forma a garantir o fornecimento de nitrogênio adequado, sem prejudicar o estado mental desses pacientes.

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