O uso de dieta enteral é indicado para pacientes que não podem ou não conseguem se alimentar por via oral e pode ser oferecida através de sonda nasoenteral ou ostomia. A escolha da via de acesso dependerá das condições clínicas do paciente e do prazo previsto para utilização da dieta enteral.
Ostomia ou estomias são vias de acesso para alimentação em que, através de um procedimento cirúrgico, ocorre a abertura de canal direto entre a pele e o trato gastrointestinal para oferta da dieta diretamente no estômago (gastrostomia) ou intestino (jejunostomia), evitando que a dieta passe pela boca e esôfago. Para esse procedimento, pode-se realizar cirurgia aberta ou gastrostomia endoscópica percutânea (GEP).
As ostomias são indicadas nas seguintes situações:
- Quando a terapia nutricional enteral será utilizada por período superior a 6 meses, a fim de evitar complicações do uso prolongado de sondas nasoenterais (migração da sonda, aspiração pulmonar da dieta, lesão da mucosa do trato gastrointestinal pela ponta da sonda, infecção de vias aéreas superiores , estenose esofágica, paralisia das cordas vocais)
- Em casos de: disfunção da deglutição, distúrbio no sistema nervoso central, doença do colágeno vascular, miastenia grave, obstrução do trato gastrointestinal alto, neoplasia de orofaringe, neoplasia ou estreitamento esofagiano, neoplasia gástrica, neoplasia ou estreitamento duodenal, neoplasia pancreática, esofagectomia, gastroduodenopancreatectomia, ressecção maciça de intestino delgado, pancreatectomia.