Foram selecionados artigos quereportaram o uso de refeições fortificadas ou lanches suplementados paraaumentar o consumo proteico-energético de pacientes acima de 60 anos, internadosem hospitais ou centros de reabilitação. Dos 14340 artigos encontrados, 10enquadraram-se nos critérios de inclusão. Estes estudos totalizaram 546participantes entre 60 e 83 anos de idade.
Dos estudos selecionados, 5compararam as refeições padrão do hospital com refeições fortificadas ousuplementadas, demonstrando um aumento significativo das calorias ingeridas. Dentreestes, um estudo enriqueceu as principais refeições dos pacientes com creme deleite, óleo e margarina, aumentando em média 450 kcal por dia (p<0,001).Outros dois trabalhos fizeram uso de suplementos prontos para consumo. Um outroestudo utilizou creme de leite nas sobremesas e leite em pó nas sopas,aumentando em média 250 kcal por dia (p=0,007) e outro estudo adicionoumanteiga, creme de leite, queijo e glicose para fortificar as refeições, incrementandoa ingestão calórica em 300 kcal por dias (p<0,001). Avaliando a ingestão proteica, seis trabalhosobservaram um aumento significativo no fornecimento e ingestão destemacronutriente (12-16g de proteína ao dia). Quatro estudos ainda reportaram boaaceitação dos produtos enriquecidos e dois estudos trouxeram que estassuplementações tinham um bom custo-efetividade.
Com estes dados, Mills e seuscolaboradores concluiram que,comparadas aos cuidados nutricionais usuais, a fortificação e suplementaçãoenergético-proteica podem ser empregadas como uma forma de intervenção efetiva,sendo bem tolerada e com bom custo-benefício para pacientes idosos.