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Restrição de carboidratos diminui taxa de triglicerídeos hepáticos

Estudo publicado na revista The American Journal of Clinical Nutrition avaliou a restrição calórica ou de apenas carboidratos na redução de triglicerídeos (TG) hepáticos em indivíduos com doença hepática gordurosa não alcoólica (DHGNA). Os autores concluíram que a restrição de carboidratos tem mais vantagens na perda de peso em curto prazo e na redução de TG hepáticos.
O objetivo do estudo foi avaliar a mudança no conteúdo de TG hepáticos, após 2 semanas de intervenção nutricional, por meio da técnica de espectroscopia de prótons por ressonância magnética.
Foram avaliados 18 indivíduos com DHGNA (n = 5 homens e 13 mulheres), com idade média de 45 anos e índice de massa corporal de 35 kg/m2. Os pacientes foram submetidos a uma dieta com restrição de carboidratos (20g/dia) ou com restrição calórica (1200-1500 kcal/dia) durante duas semanas. Os TG hepáticos foram medidos antes e depois da intervenção.
A média de perda de peso foi semelhante entre os grupos -4,0 ± 1,5 kg no grupo de restrição calórica e -4,6 ± 1,5 kg no grupo de restrição de carboidratos. Os triglicerídeos hepáticos diminuíram significativamente com a perda de peso (p < 0,001), mas essa redução foi significativamente maior (p = 0,008) nos pacientes submetidos à dieta com restrição de carboidratos (-55 ± 14%) do que nos indivíduos submetidos à restrição calórica (-28 ± 23%).
“Os indivíduos com DHGNA tem excesso de triglicerídeos intra-hepáticos devido ao aumento da síntese hepática de gordura a partir de carboidratos. Embora a perda de peso seja recomendada, pouca atenção tem sido dada a restrição de carboidratos na dieta”, comentam os autores.
“Concluímos que duas semanas de intervenção nutricional resultou na redução no peso corporal e no teor de TG hepáticos em indivíduos com DHGNA. No entanto, a restrição de carboidratos na dieta foi significativamente mais eficaz na redução dos triglicerídeos no fígado do que a restrição calórica. Nossos dados sugerem que este resultado deve ter ocorrido devido ao aumento da oxidação dos lipídios hepáticos”, concluem.

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