Ícone do site Nutritotal PRO

Suplementação com óleo de peixe pode reduzir risco de trombose

 

Resultados de um estudo apresentado no American College of Cardiology 2015 Scientific Sessions demonstraram uma associação significativa entre a suplementação de óleo de peixe e diminuição da inflamação, trombogenicidade e de marcadores lipídicos. 
 
Um total de 600 pacientes com suspeita de doenças cardiovascular participaram do estudo, intitulado MAGMA (sigla para Multi-Analyte, Thrombogenic and Genetic Markers of Atherosclerosis). Desses participantes, 128 receberam suplementação com óleo de peixe e 472 não receberam. 
 
Os pesquisadores avaliaram o perfil lipídico (colesterol total – CT; lipoproteína de baixa densidade – LDL, lipoproteína de alta densidade – HDL, lipoproteína de muito baixa densidade – VLDL e triglicérides – TG) e marcadores de trombogenicidade (tromboelastografia, agregação plaquetária e 11-dihidro tromboxano urinário, imediatamente antes da angiografia coronariana eletiva).
 
Do grupo que recebeu suplementação de óleo de peixe, 70,3% estava realizando tratamento com medicamentos hipolipemiantes e do grupo que não recebeu a suplementação, 71,2% realizava o tratamento.
 
Os resultados demonstraram que a suplementação com óleo de peixe foi significativamente associada com redução dos níveis sanguíneos de VLDL (p = 0,002) e TG (p = 0,04), em comparação a ausência de suplementação.
 
Pacientes que realizaram a suplementação e não estavam em uso de medicações hipolipemiantes também apresentaram níveis significativamente mais baixos de VLDL e TG bem como apresentaram redução no LDL-C, lipoproteínas remanescentes e agregação plaquetária. No perfil de trombogenicidade, esses pacientes também apresentaram menor resistência no coágulo induzido pela trombina (p = 0,01), o que indica baixo risco aterotrombótico. Os pacientes que realizavam tratamentos com estatinas não tiveram alterações significativas nessas avaliações.
 
“No geral, os resultados sugerem que a suplementação com óleo de peixe tem efeito antitrombótico mais expressivo em doentes não tratados com a terapia de redução de lipídios”, afirmam os autores, acrescentando que estudos futuros devem realmente comparar os efeitos da suplementação com as estatinas.

 

Sair da versão mobile