Estudo randomizado, duplo-cego, controladocom placebo realizado por Hirosa e colaboradores procurou investigar o efeitoda suplementação com lecitina de soja nos sintomas da menopausa, incluindofadiga e outros parâmetros de saúde, em 96 mulheres japonesas de meia-idade (40a 59 anos). Os pacientes foram divididos em: pré-menopausa (ciclos menstruaisregulares nos últimos 3 meses), perimenopausal (um período menstrual nosúltimos 12 meses, mas um período ausente ou ciclos irregulares nos últimos 3meses), pós-menopausa (sem menstruação nos últimos 12 meses), ou menopausainduzida cirurgicamente (histerectomia). A randomização foi em 3 grupos: altadose de lecitina (1200 mg/dia), baixa dose de lecitina (600 mg/dia), e placebo.
Foram avaliados sintomas físicos,psicológicos, questões sociais, fadiga (questionários específicos), altura,peso, IMC, massa gorda, massa livre de gordura, parâmetros cardiovasculares, aptidãofísica e qualidade do sono. Essas questões foram avaliadas pré suplementação, eapós 4 e 8 semanas.
Não houve diferença significativaentre os grupos na pontuação do score de Fadiga de Chalder, porém o resultado doscore Profile of Mood States foisignificativamente maior no grupo com 1200 mg/lecitina por dia. A suplementaçãotambém foi associada à melhora de parâmetros cardiovasculares (cardio-ankle vascular index e pressãoarterial diastólica). Não foram observadas diferenças em parâmetros decomposição corporal.
Os autores concluíram que asuplementação com lecitina de soja (1200 mg/dia) foi efetiva para melhora dovigor e de parâmetros cardíacos em mulheres de meia-idade que apresentavamfadiga. Sugerem que mais estudos com duração maior e pacientes mais gravessejam realizados.