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Suplementação de simbiótico beneficia pacientes diabéticos tipo 2

Estudo publicado na revista Clinical Nutrition demonstrou que a suplementação de simbiótico, durante seis semanas, teve efeitos significativos em melhorar os níveis séricos de insulina, proteína c-reativa ultra-sensível (PCR-US) e reduzir o estresse oxidativo de pacientes diabéticos tipo 2.

Trata-se de um estudo clínico randomizado, duplo-cego e controlado por placebo realizado entre 62 pacientes diabéticos com idades entre 35 a 70 anos, que foram distribuídos em dois grupos: simbiótico e placebo. Além disso, o estudo foi do tipo cruzado, ou seja, todos os participantes fizeram parte dos dois grupos. Assim, os indivíduos que no primeiro momento fizeram parte do grupo simbiótico, após três semanas de intervalo, fizeram parte do grupo placebo e vice-versa.

Todos os pacientes foram avaliados antes e depois de participar de cada grupo, em que foram analisados parâmetros de ingestão alimentar por meio de registro alimentar de três dias, medidas antropométricas e bioquímicas.

O suplemento de simbiótico consistiu em uma mistura de um probiótico, utilizando o Lactobacillus sporogenes (1×107  unidades formadoras de colônia [UFC]) e 0,04 g de inulina como prebiótico. Os pacientes foram orientados para consumir o simbiótico três vezes por dia em um sachê de 9 g. Portanto, eles receberam 27 × 107  UFC de L. sporogenes e 1,08 g de inulina por dia durante seis semanas. O placebo consistiu de um sachê sem bactérias probióticas e inulina, sendo embalado em pacotes idênticos ao simbiótico.

Os pesquisadores observaram que o consumo do simbiótico, em comparação com o controle, resultou em diminuição significativa na hiperinsulinemia (p=0,03). Houve também redução significativa nos níveis séricos de PCR-US (p=0,01) após o uso do simbiótico, em comparação com o grupo controle. A suplementação do simbiótico promoveu aumento significativo nos níveis plasmáticos de glutationa reduzida (GSH), um marcador de atividade antioxidante (p<0,001). Por outro lado, houve um pequeno aumento nos níveis séricos de ácido úrico (0,7 [grupo simbiótico] versus -0,1 [grupo placebo] mg/dL, p=0,04).

“Pacientes com diabetes tipo 2 são suscetíveis a alterações metabólicas, inflamação sistêmica elevada e estresse oxidativo. Os efeitos probióticos de L. sporogenes avaliados em estudos anteriores indicam uma atuação benéfica sobre o perfil lipídico. Este estudo é o primeiro a examinar o efeito do simbiótico L. sporogenes associado com inulina sobre o estado metabólico de pacientes diabéticos”, comentam os autores.

“Estudos adicionais devem explorar a melhor composição de um suplemento simbiótico, em termos de cepas de bactérias e prebióticos apropriados, sobre a influência de condições metabólicas em pacientes diabéticos”, concluem.

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