Estudo realizado por pesquisadores canadenses demonstrou que, dentro do contexto da ingestão mista de macronutrientes, as doses baixas de proteína podem ser mais eficazes no estímulo da síntese protéica miofibrilar (SPM) através da adição de uma alta dose de leucina livre.
Em um desenho paralelo, 40 homens (21,0 ± 1,0 anos de idade) realizaram exercício de resistência unilateral do extensor do joelho antes da ingestão de 25 g de proteína do soro do leite (W25) (3,0 g de leucina), 6,25 g de proteína do soro do leite (W6) (0,75 g de leucina), 6,25 g de proteína do soro do leite suplementada com leucina para atingir 3,0 g (W6 + baixa-Leu), 6,25 g de proteína do soro do leite suplementada com leucina para atingir 5,0 g (W6 + alta-Leu), ou 6,25 g de proteína do soro do leite suplementada com leucina, isoleucina e valina para atingir 5,0 g de leucina. Infusão contínua de fenilalanina marcada e biópsias musculares seriadas foram utilizadas para medir a SPM em condições iniciais de jejum e pós-prandiais em ambas as pernas em estado de repouso (resposta a ingestão) e exercitadas (resposta combinada à ingestão e ao exercício de resistência).
A área sobre a curva para a leucina sanguínea foi maior no grupo W6+alta-Leu em comparação com os grupos W6 e W6+baixa-Leu (p<0,001). No período pós-prandial, as taxas de SPM foram aumentadas acima dos valores basais durante 0-1,5 horas em todos os tratamentos. Durante 1,5 a 4,5 horas, a SPM permaneceu aumentada acima dos valores basais após todos os tratamentos, mas foi maior após os tratamentos W25 (∼267%) e W6+alta-Leu (∼220%) (p= 0,002).
“Esses resultados demonstram que uma bebida contendo macronutrientes e baixas quantidades de proteínas pode ser tão efetiva quanto a suplementação de altas doses de proteína em estimular o aumento nas taxas de SPM quando suplementada com altas doses de leucina”, concluem os autores. “Este efeito pode ser importante para o desenvolvimento de formulações nutricionais destinadas a promover o anabolismo muscular, que pode ser de particular importância para os indivíduos nos quais a ingestão de proteína total é limitada ou inadequada”, afirmam.
