A enxaqueca é uma doença neurovascular crônica que afeta de 10 a 20% da população mundial. A doença possui sintomas clássicos de fortes dores de cabeça e também náuseas, vômitos, fotofobia e fonofobia durante as crises que podem durar de 4 a 72 horas.
Estudo
Foi realizado um ensaio clínico randomizado com 80 pacientes com diagnóstico de enxaqueca. Foram avaliados dados como medidas antropométricas, concentrações séricas de zinco e relatórios diários das dores de cabeça (HDR) (gravidade da dor de cabeça, frequência e duração das crises e resultados diários de sintomas) durante 8 semanas.
Os grupos
Os pacientes foram aleatoriamente divididos em grupos para receber sulfato de zinco (220 mg/dia sulfato de zinco / n=40) ou placebo (lactose / n=40), sendo que não houve diferenças significativas na ingestão habitual calórica, de proteínas, gorduras, cálcio, magnésio, fósforo e fibra entre os grupos.
Os resultados
Comparado com o estudo utilizado como linha de base, a suplementação de zinco resultou em uma redução significativa na gravidade da dor de cabeça (5,47 ± 1,78 vs. 7,22 ±1,14; p <0,001), frequência de crises de enxaqueca (6,25 ± 4,38vs. 8,80 ± 6,16; p = 0,001), duração dos ataques (13,92 ± 9,90vs. 17,67 ± 13,59; p = 0,005), e HDR (94,15 ± 117,42vs. 151,67 ± 138,87; p <0,001).
Além disso, os níveis séricos de zinco aumentaram consideravelmente no grupo suplementado (89,52 ± 12,22 vs. 85,41 ±12,87; p <0,001).
Conclusão
Os pesquisadores afirmam que encontraram um efeito benéfico na suplementação de zinco sobre a frequência das crises de enxaqueca. No entanto, outras características avaliadas como intensidade da dor de cabeça e duração das crises não foram influenciados. Mais estudos serão necessários para afirmar os benefícios do zinco nas crises de enxaqueca.