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Terapia Nutricional: Uso de sonda nasogástrica e incidência de pneumonia

 

A pneumonia é uma complicação comum de grandes cirurgias abdominais, associada, por exemplo, a aspiração de conteúdo gástrico durante o vômito. Assim, pesquisadores investigaram se a utilização profilática de sonda nasogástrica (SNG) antes de episódios de vômitos comparada com a utilização reativa, após episódios de vômitos, traria algum benefício clínico relacionado ao desenvolvimento de pneumonia. Para isso elegeram pacientes que realizaram ressecção colorretal eletiva e avaliaram a incidência de pneumonia em 30 dias de pós-operatório.

Os pacientes foram divididos em três grupos:

  1. Grupo rotina: pacientes submetidos a SNG no mesmo dia da cirurgia
  2. Grupo profilático: pacientes submetidos a SNG antes dos episódios de vômito
  3. Grupo reativo: pacientes submetidos a SNG após o primeiro episódio de vômito

 

O uso de sonda nasogástrica reduz a incidência de pneumonia?

Foram analisados 4715 pacientes, sendo que 1536 receberam SNG, desses 60,3% fizeram parte do grupo rotina, 30% do grupo reativo e 9,7% do grupo profilático. Entre todos os pacientes, 200 (4,2%) desenvolveram pneumonia em 30 dias, sendo as menores taxas de pneumonia em indivíduos sem SNG (2,7%) e no grupo rotina (5,2%), e as taxas mais altas nos grupos reativo (10,6%) e profilático (11,4%), que foram semelhantes entre si, não só com relação a incidência de pneumonia, como também com relação ao tempo de diagnostico de pneumonia, tempo de internação hospitalar e taxa de readmissão em 30 dias.

 

Uso profilático da sonda nasogástrica não é indicado

Os autores concluíram que em pacientes que necessitam de SNG após a cirurgia, seu uso profilático não se associou com menores taxas de pneumonia em 30 dias em comparação com a utilização reativa, sendo indiferente a sua utilização antes ou após o primeiro episódio de vômito após cirurgia colorretal para prevenir pneumonia.

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