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Tomografia como marcador prognóstico em pacientes críticos

As ferramentas para avaliaçãonutricional do paciente crítico possuem muitas limitações. No entanto,avaliação da massa muscular por tomografia computadorizada (TC) de uma áreaseccionada traz a quantificação de massa muscular (MM) e tecido adiposo (TA), possibilitandoavaliação do estado nutricional mais eficiente.

Toledo e sua equipe compararam amassa muscular identificada por TC com o IMC e sua relação com a taxa desobrevida em 30 dias de pacientes críticos oncológicos.

Foi realizado estudo observacionalretrospectivo com pacientes oncológicos, maiores de 18 anos, que permaneceram naUTI por mais de 72 horas e realizaram TC – corte em L3 durante a internação.Foram coletados do prontuário médico dados demográficos, IMC, desfechoshospitalares e dados de TC para análise de MM e TA.

99 pacientes participaram doestudo, com média de 61 anos. O IMC apresentou correlação fraca com a MM(p<0,001). Foi considerada uma área muscular <41,2cm2/m2 paraclassificação de sarcopenia, para ambos os sexos. No entanto, os pontos decorte que apresentaram maior sensibilidade nesse estudo para esta classificaçãofoi de ≤55.27cm2/m2para homens, 83,3% de sensibilidade, e ≤40.13 cm2/m2 paramulheres, 85,7% de sensibilidade. Somente 19,4% dos pacientes com baixa MMforam classificados como desnutridos pelo IMC. A sarcopenia diagnosticada pelaTC somente se correlacionou com o diagnóstico de desnutrição pelo IMC em 35,5%dos pacientes. Mulheres sarcopênicas apresentaram maior mortalidade que homenssarcopênicos e amostra geral de pacientes sarcopênicos. A taxa de MM foi maiorno sexo masculino. Pacientessarcopênicos apresentaram menor sobrevida de 30 dias que pacientes nãosarcopênicos (p=0,006), mais complicações não infecciosas (p=0,016) e asarcopenia e o escore fisiológico agudo simplificado (SAPS3) foram fortespreditores de mortalidade (ambos IC=95%).

A sarcopenia avaliada pela TC abdominal demonstrou baixa correlação com oIMC e foi um fator de risco para menor sobrevida em 30 dias, maior mortalidadehospitalar e maior prevalência de complicações não infecciosas em pacientesoncológicos graves.

 

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