Diversos estudos demonstram que a duração do aleitamento materno foi menor em crianças que receberam fórmula infantil no período neonatal. Assim, um estudo investigou se a suplementação estruturada com fórmula para recém-nascidos afetaria o tempo em aleitamento materno de lactentes aos 6 e 12 meses de idade. Para isso foram selecionados recém nascidos a termo entre 24 e 48 horas de vida que apresentaram perda de peso maior que o percentil 75% e mães que não haviam iniciado ainda a produção de leite. Os recém nascidos recrutados para receberam fórmula precoce limitada (FPL) ou seguiram em aleitamento materno exclusivo (grupo controle). No grupo FPL as mães foram orientadas a fornecer 10 ml de formula infantil com uma seringa após as mamadas ao seio materno, até que as mais produzissem leite em abundância. Aos 6 e 12 meses de idade da criança, as mães responderam questionários sobre amamentação.
Fizeram parte do estudo 82 recém nascidos no grupo FPL e 82 no grupo controle. A mães tinham em média 31 anos de idade e a duração do aleitamento materno foi de 9 meses, em média. O uso de fórmula não alterou a prevalência de aleitamento materno aos 6 meses de idade, 47 (65%) bebês randomizados para FLP estavam amamentando, em comparação com 60 (77%) dos bebês controle (diferença absoluta, -12%; IC de 95%, -26% a 3%; P = 0,12) no entanto o aleitamento materno aos 12 meses foi menor no grupo FPL em comparação ao grupo controle. Estado civil e a duração pretendida da amamentação foram ambas associadas à duração da amamentação; modelo de ajuste encontrou uma razão de risco para o tempo até a interrupção da amamentação aos 12 meses de OR 0,74 para bebês FPL em comparação com bebês no grupo de controle.
Dessa maneira, os autores concluiram que o uso de FPL não foi associado a qualquer melhoria na duração da amamentação e sugerem que pesquisas futuras sejam realizadas para examinar o efeito da FPL em populações com maior risco de cessação precoce do aleitamento materno.
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