Você costuma ter dores na região do abdome com frequência? Ou então a impressão de que está com má digestão, alterações no intestino e cansaço constante. Apesar de serem comuns em pacientes com doença celíaca, esses sinais também são observados em outras desordens gástricas e intestinais. Eis que surge a dificuldade que muita gente enfrenta para receber o diagnóstico mais adequado.
A doença celíaca é um quadro autoimune crônico, que afeta o intestino de pessoas com pré-disposição genética, e que se manifesta quando o glúten faz parte da alimentação.
Por trás da doença celíaca
Tudo o que comemos é digerido no estômago e/ou intestino, para, a partir daí, ser absorvido e utilizado pelas nossas células. O glúten é um tipo de proteína que dá elasticidade a alimentos como massas e pães. Só que ele contém componentes que não são totalmente digeridos pelo estômago, tampouco absorvidos ao chegar no intestino.
A presença desses elementos pode gerar, em algumas pessoas, uma resposta imunológica de defesa, com reflexo negativo nas células da parede intestinal. Esse processo define a chamada doença celíaca.
Ela atinge cerca de aproximadamente 1% da população mundial. No entanto, sua prevalência tem aumentado nos últimos 50 anos devido ao avanço nas técnicas de diagnóstico e à melhor avaliação clínica de pessoas com fatores de risco para a doença.
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Como saber se é doença celíaca mesmo?
O diagnóstico deve ser feito pelo médico, que combina a avaliação clínica dos sinais, testes sanguíneos e exames, como endoscopia e biópsia do intestino.
Fazem parte da lista de sintomas: diarreia, dor abdominal, perda de peso, desaceleração do crescimento (em casos de crianças e adolescentes), azia, vômito e até dores de cabeça.
Diante da suspeita da doença, o médico poderá solicitar exames sanguíneos de avaliação que indicam haver intolerância ao glúten para comprovar o diagnóstico.
Vale destacar que, para confirmar de vez o quadro, o paciente precisa seguir, pelo menos por algumas semanas, uma dieta com glúten. Isso porque sua retirada do dia a dia faz com que os padrões sanguíneos analisados fiquem normalizados, o que pode levar a um resultado falso negativo.
Também é importante lembrar que uma parcela da população pode ter sinais e sintomas de doença celíaca, mas apresentar exames de sangue e imagem negativos para a doença. Essa condição caracteriza a “sensibilidade ao glúten não celíaca”. Mas também é necessária uma avaliação médica para confirmá-la.
Para saber mais sobre a doença celíaca e as mudanças na alimentação, acesse a coluna do Dr. Dan Waitzberg na íntegra no site da Veja Saúde.