Às vezes, comer um amendoim, camarão ou cogumelo pode causar uma reação alérgica imediata. A pele fica vermelha, começa a inchar e a glote fecha aos poucos. Surgem dores abdominais e diarreia, às vezes acompanhadas de vômito e tontura. Contudo, não é todo mundo que tem alergia a esses alimentos, mas, ainda assim, muita gente pensa que possui alguma restrição em relação à comida. Foi o que mostrou um estudo publicado pelo Journal of the American Medical Association (JAMA).
A pesquisa foi feita com cerca de 40.000 adultos e descobriu que 10,8% deles eram realmente alérgicos a alimentos de alguma natureza. Contudo, o que mais chamou a atenção foi que 19%, quase o dobro do percentual de alérgicos, acreditavam sofrer reações ao consumir determinadas comidas.
Dos adultos alérgicos, mais da metade apresentou pelo menos um episódio de alergia alimentar no início da vida adulta e 38% relataram ao menos uma visita ao departamento de emergência relacionada à alergia alimentar durante a vida.
Acompanhamento médico
Os pesquisadores também descobriram um dado que serviu de alerta às pessoas que, de fato, eram alérgicas. Somente metade dos adultos com alergia alimentar tinha um diagnóstico confirmado pelo médico, e menos de 25% relataram ter uma receita atual de epinefrina, usada para conter as crises.
Eles ainda identificaram os alimentos que mais causavam reações alérgicas nos americanos. Em primeiro lugar vieram os moluscos e vôngoles, que causam alergia em 7,2 milhões de pessoas. Em seguida, o leite de vaca com 4,7 milhões, o amendoim com 4,5 milhões, nozes com 3 milhões, peixes com 2,2 milhões, ovos e trigo com 2 milhões.
Por fim, vale lembrar que é importante consultar um médico para diagnósticos apropriados antes de eliminar completamente os alimentos da dieta. Existe uma série de testes que podem ser feitos, e se a alergia alimentar for confirmada, o tratamento também deve ser sempre orientado.
Este conteúdo não substitui a orientação de um especialista. Agende uma consulta com o nutricionista de sua confiança.