Bourgeois e colaboradores realizaram estudo para verificar se a associação entre medidas clinicamente disponíveis de massa muscular esquelética poderiam prever a força muscular esquelética.
146 indivíduos (60 homens e 86 mulheres) saudáveis, entre 18 e 77 anos, e com IMC de 16,5 a 51,8 kg/m² foram avaliados. Foram mensurados DXA,BIA, ultrassonografia, dinamometria de mão e perna e variáveis laboratoriais e avaliadas as associações entre Tecido Mole Magro Apendicular (TMMA), ou seja, a massa corporal livre de gordura e de osso de membros superiores e inferiores, força da perna direita, força de pressão palmar (FPP), ângulo de fase, ecogenicidade e idade. Os participantes foram extratificados de acordo com a idade, nos grupos 18-39, 40-59 e 60-85 anos.
Foi encontrado que o TMMA da perna direita foi significativamente associado com a força da perna direita (p <0,0001). Quando adicionado o ângulo de fase segmentar na perna direita a 50 kHz essa correlação aumentou.O efeito do ângulo de fase foi menos pronunciado quando covariáveis para idade e sexo foram adicionadas, mas ainda foi significativo. A FPP tanto da mão direita quanto da esquerda se associou significativamente ao TMMA dos braços direito e esquerdo (p<0.0001), sendo que essa correlação também aumentou quando adicionado o ângulo de fase. A ecogenicidade do meio da coxa foi correlacionada moderadamente com o ângulo de fase e a forçada perna direita, e sua correlação aumentou quando adicionado a idade.
A partir desses achados, o estudo sustenta fortemente a posição de que medidas disponíveis clinicamente de massa muscular esquelética podem ser combinadas para prever a força funcional em adultos. Essas observações fornecem uma justificativa para estudos futuros destinados a determinar quais destas medidas sozinha ou em combinação seriam capazes de prever maximamente o desempenho físico e desfechos clínicos.