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Associação entre tecido adiposo subcutâneo e visceral e síndrome metabólica

Estudo conduzido por Matsha investigou a associação entre tecido adiposo visceral e subcutâneo e síndrome metabólica e seus componentes.

Os autores realizaram um estudo cross-seccional prospectivo com 401 indivíduos (308 mulheres) maiores de 20 anos. Foram aferidas medidas antropométricas (peso, altura, circunferência da cintura e circunferência do quadril), pressão sanguínea, parâmetros bioquímicos (teste oral de tolerância a glicose, Hb glicada, perfil lipídico e PCR) e realizada tomografia computadorizada.

55,6% dos participantes apresentavam síndrome metabólica (SM) e 41% apresentaram hiperglicemia. Nos indivíduos com SM, a idade, tecido adiposo subcutâneo (TAS), tecido adiposo visceral (TAV), pressão sanguínea, medidas antropométricas, índices glicêmicos, e triglicerídeos apresentaram-se significativamente aumentados, enquanto o HDL estava reduzido (p<0.0001). A circunferência do quadril mostrou uma correlação negativa com o TAV em homens e mulheres (p<0.035), porém uma correlação positiva com o TAS em mulheres (p<0.001). Nas mulheres, os índices glicêmicos e os triglicerídeos se correlacionaram positivamente com o TAV (p≤0.002). Nos homens, triglicerídeos, glicemia e insulinemia pós 2 horas se correlacionaram positivamente com TAS (p≤0.023). Após ajuste por idade, gênero, IMC, tabagismo, etilismo, HAS, DM e dislipidemia, os quartis mais altos de TAV foram associados com SM (OR≥4,14; p<0.001) e com qualquer tipo de hiperglicemia (OR≥4,45; p≤0.001) e os quartis mais baixos de TAS também foram associados à SM (OR≥2.66 ; p≤0.037). A glicemia de jejum e triglicerídeos foram associados com TAV (p≤0.02) em ambos os gêneros.

Dessa maneira, os autores concluem que um aumento de TAV e redução de TAS estão associados à síndrome metabólica em mulheres; e em homens o aumento tanto de TAV quanto de TAS estão associados à SM.

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