Estudo publicado na revista Journal of the National Cancer Institute sugere que níveis plasmáticos circulantes de alfa-caroteno, beta-caroteno, luteína, zeaxantina, licopeno e carotenoides totais podem estar relacionados com risco reduzido de câncer de mama.
Os pesquisadores realizaram uma análise conjunta de oito estudos do tipo caso-controle que examinaram a associação entre carotenoides circulantes e o risco de câncer de mama. Assim, foram avaliadas 3055 mulheres com câncer de mama e 3956 mulheres saudáveis como controle, todas com idades entre 51 a 66 anos.
Foram encontradas associações estatisticamente significativas inversas entre os níveis sanguíneos dos carotenoides estudadoscom câncer de mama para o alfa-caroteno (risco relativo [RR]=0,87; p=0,04), beta-caroteno (RR=0,83; p=0,02), luteína associada com zeaxantina (RR=0,84; p=0,05), licopeno (RR=0,78; p=0,02), bem como os carotenoides totais (RR=0,81; p=0,01).
A beta-criptoxantina foi o único carotenoide que não esteve associado com redução do risco deste tipo de câncer. Em relação aos tipos de tumores de mama, os pesquisadores observaram que a redução do risco foi mais significante para os tumores negativos para receptor de estrógeno (RE-), do que para os tumores RE+.
“Os carotenoides estão disponíveis em uma grande variedade de vegetais, incluindo cenouras para alfa-caroteno; batatas-doces e folhas verdes para beta-caroteno; folhas verdes para luteína e zeaxantina; e tomates para o licopeno. Portanto, uma dieta rica em carotenoides pode oferecer diversos benefícios à saúde, incluindo uma possível redução de risco do câncer de mama”, concluem os autores.
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