Por isso, o consumo de alimentos ultraprocessados é associado ao desenvolvimento de doenças crônicas, como as doenças cardiovasculares (DCV). Sabendo disso, um estudo buscou identificar a associação entre o consumo de ultraprocessados e o risco de doenças crônicas cardiovasculares, além do aumento da mortalidade em geral.
Esse estudo recrutou 22.475 homens e mulheres italianos e analisou em um período de 8,2 anos, a partir do QFA (questionário de frequência alimentar), o consumo alimentar deles. Entre esses indivíduos, aqueles que relataram um maior consumo de ultraprocessados por dia (14,6% do total de alimentos), em comparação ao grupo que relatou um consumo de aproximadamente 6,6% do total de alimentos, apresentaram um risco elevado de mortalidade por DCV e por outras causas.
Os biomarcadores da função renal também foram usados na análise e foram responsáveis por 20,1% da associação entre consumo de ultraprocessados e mortalidade por todas as causas e 12% da mortalidade por doenças cardiovasculares.
Logo, o estudo concluiu que consumir porções elevadas de ultraprocessados foi associado a um aumento do risco de DCV e da mortalidade em geral. Sendo assim, os resultados obtidos nesse estudo apoiam a redução do consumo de ultraprocessados e incentivam o consumo de alimentos in natura e minimamente processados, a fim de reduzir os riscos de desenvolver doenças cardiovasculares e a mortalidade por outras causas.