Foi realizado um estudolongitudinal com 38 pacientes diagnosticadas com FI. Foi realizada umaavaliação repetida durante um período de oito semanas da seguinte maneira: M1 =primeira avaliação/apresentação e introdução da dieta pobre em FODMAPS individual;M2 = segunda avaliação, avaliação sobre adesão e satisfação da dieta, e reintroduçãogradual dos alimentos ricos em FODMAPs; M3 = avaliação final e aconselhamentonutricional. Os instrumentos de avaliação utilizados foram questionários sobrefibromialgia (FSQ, VAS), DII (IBS-SSS), IMC, composição corporal ecircunferência da cintura. Foram também quantificados a ingestão de macronutrientes e FODMAPs.
Ao início do estudo, 37% dosindivíduos apresentavam sobrepeso e 34% obesidade. Após a introdução da dietapobre em FODMAPS (M1 para M2), peso, IMC e circunferência da cintura diminuíramsignificativamente (p<0,01), porém, diferença não foi observada nacomposição corporal. Houve redução significativa de sintomas gastrintestinais eem todos os sintomas de fibromialgia, bem como sua severidade também reduziramapós essa dieta (p<0,01). Não foram observadas diferenças significativasapós a reintrodução de FODMAPs (M2 para M3).
Houve uma redução significativada ingestão de FODMAPS do M1 para o M2 (p<0,01). A ingestão de nutrientesessenciais (fibra, cálcio, magnésio e vitamina D) não apresentou diferença significativa.Foi constatado 77% de satisfação com a dieta em geral e foi observado que 85%dos pacientes aderiram às orientações.
Com esse estudo, Marum ecolaboradores concluíram que os resultados são altamente encorajadores,trazendo as dietas pobres em FODMAPS como uma abordagem nutricional balanceadae que contribui para a perda de peso e redução da severidade dos sintomas relacionadosà fibromialgia.