Estudo incluiu mulheres iranianas entre 20 e 50 anos e avaliou a associação entre hábitos alimentares vegetarianos, perfil psicológico e obesidade. Foram coletados dados demográficos, aplicado questionário de depressão, ansiedade e estress, e questionário de frequência alimentar. De acordo com a composição de nutrientes, os alimentos foram categorizados em 3 grandes grupos: categoria animal, vegetariana saudável (grãos integrais, frutas, vegetais, castanhas, óleos vegetais, chá e café), e não saudável (sucos de frutas, bebidas adoçadas, grãos refinados, batatas e sobremesas). Foi utilizado uma escala para avaliar hábitos alimentares vegetarianos que incluiu índice dietético vegetariano (IDV), índice saudável (IDVs) e índice não saudável (IDVns). Foi também aferido peso e altura, circunferência da cintura, calculado IMC e avaliada a prática de atividade física.
As participantes tinham em média 31,4 anos, 162,5 metros e 62,7 kg. As participantes com maiores escores de IDVs eram mais velhas e as com maiores escores de IDVns eram menos ativas. Houve associação significativa entre obesidade geral e IDVns (p<0,014). IDV mais alta foi inversamente relacionado ao risco de obesidade abdominal (p <0,048). Os participantes do maior tercil do IDV apresentaram menor risco de depressão (p=0,018) e estress psicológico (p=0,034), em comparação ao menor tercil. Foi observada uma associação inversa entre IDVs, depressão, ansiedade e estress pscicológico. Os participantes no maior tercil de IDVns apresentaram maior risco de depressão em relação as que estavam no menor tercil (p=0,02).
Assim os autores concluiram que dietas vegetarianas, particularmente as ricas em plantas saudáveis, se associaram inversamente com desordens psicológicas, como depressão, ansiedade e estress fisiologico. Além disso, escores mais altos de alimentos não saudáveis se relacionaram ao risco aumentado de obesidade e depressão.