Os carboidratos são a principal fonte de energia para o corpo. Logo, esportes de resistência como o futebol, exigem que os atletas tenham uma alimentação adequada que forneça energia suficiente para a atividade.
Sabendo disso, um estudo realizado com jogadores de futebol de elite da Irlanda buscou identificar se uma dieta com consumo de carboidratos, de acordo com as diretrizes de nutrição esportiva, poderia melhorar o rendimento desses jogadores. Para fazer essa análise, 12 jogadores foram selecionados para simular uma partida de futebol. Durante 48h alguns jogadores alimentaram-se de 7g de carboidratos por kg corpóreo e outros de 3,5g/kg.
A frequência cardíaca e a demanda dos movimentos deles foram medidas por GPS’s portáteis, sendo que a altura de salto com contramovimento e o sprint repetido (habilidade de correr na maior velocidade possível e em menor espaço de tempo com breves períodos de recuperação e mudança constante de direção), foram mensurados ao longo de cada tentativa. Além dessas análises, foram coletados os gases respiratórios expirados durante o ensaio e amostras de sangue em repouso, intervalo e pós simulação.
Sobre a distância total e em alta velocidade, não houve diferença relevante entre os jogadores. No entanto, na segunda metade da simulação, a distância percorrida em alta velocidade pelos jogadores que consumiram maiores porções de carboidrato apresentou melhores resultados em comparação ao grupo com menor ingestão desse macronutriente. Para o sprint repetido, o grupo com maior consumo de carboidrato apresentou maior distância, melhor desempenho e maior força corporal inferior. Além disso, as taxas gerais de oxidação de carboidrato e a concentração de lactato também foram maiores no grupo de maior ingestão de carboidratos.
A glicose plasmática, ácidos graxos não esterificados e concentração de glicerol não mostraram diferenças significativas entre os grupos analisados. Por fim, em ambos os ensaios, todos os metabólitos do sangue foram significativamente elevados durante e pós-simulação em comparação com o pré-ensaio.
Os pesquisadores concluíram então, que uma dieta rica em carboidratos possibilitou menores declínios no desempenho de jogadores irlandeses durante uma partida, sendo uma estratégia de intervenção nutricional que pode ser adotada pelos jogadores e apoiada pelos treinadores.
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