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Efeitos da suplementação com kombucha e farinha de banana na saciedade

Suplementação de kombucha e farinha de banana verde na saciedade

Suplementação de kombucha e farinha de banana verde na saciedadeSabendo do crescente desenvolvimento de doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) e a sua relação com o aumento da mortalidade devido à composição corporal, um estudo observou, na literatura científica, importantes achados sobre o uso da kombucha na imunomodulação e da farinha de banana verde (FBV) no metabolismo glicosídico e lipídico. Esses achados fizeram com que pesquisadores decidissem investigar os efeitos da suplementação dietética com kombucha e farinha de banana verde em ratos Wistar, para descobrir se essa poderia ser uma via eficaz de perda de peso saudável, a ser analisada em seres humanos.

O kombucha é uma bebida probiótica, fermentada por uma comunidade simbiótica de bactérias, fungos e leveduras, que se caracteriza por ter compostos e vitaminas solúveis em água, apresentando ação profilática para a saúde e tratamento de DCNT. A farinha de banana verde, por sua vez, é um ingrediente prebiótico com alto teor de amido resistente, que não é absorvido no intestino, mas metabolizado por bactérias da microbiota intestinal, que produzem ácidos graxos de cadeia curta com consequente benefício ao intestino e ao metabolismo.

A kombucha usada nessa pesquisa foi preparada com chá verde fermentado por uma colônia simbiótica de bactérias e leveduras (scoby caseiro), enquanto a farinha foi produzida em Itajaí – SC com bananas de maturidade 1, desidratadas a 50°C por 19h e depois moídas. Cada 100 g de farinha continham 70 g de carboidratos (14 g de fibra dietética e 56 g de amido resistente), 4,3 g de proteína e 0,8 g de gordura.

Para o experimento, foram utilizados 35 ratos Wistar divididos em 5 grupos por 55 dias, 4 deles receberam dieta de refeitório sem suplementação nos primeiros 10 dias e o grupo controle recebeu dieta comercial. Nos 45 dias restantes, cada grupo recebeu um tratamento diferente: tratamento de controle/alimentação comercial; dieta de refeitório; dieta de refeitório + kombucha; dieta de refeitório + 20% FBV e dieta de refeitório + 20% FBV + kombucha.

Para a análise do consumo alimentar e do ganho de peso, os animais foram pesados no início do período de indução, semanalmente durante todo o experimento e 1 dia antes da eutanásia. Após a eutanásia, o fígado foi pesado para obter a razão peso/peso corporal dos animais e avaliar a atividade antioxidante do tecido hepático. Além disso, foram coletadas amostras de sangue para análise bioquímica.

De acordo com os resultados da atividade antioxidante, o kombucha apresentou efeitos positivos, diferentemente da FBV que, apesar de ter um conteúdo significativo de compostos fenólicos, tem uma atividade antioxidante reduzida. Ademais, no período experimental, a ingestão de dieta de refeitório + kombucha + FBV gerou a menor ingestão de ração, ou seja, maior saciedade e menor ganho de peso nos animais.

Entretanto, os pesquisadores mencionam que, apesar da fermentação do chá com kombucha proporcionar efeitos protetores à saúde, o consumo de concentrações inadequadas pode causar hepatotoxicidade devido à ação da bebida ou sua interação com outras substâncias consumidas. Portanto, concluíram que, apesar do efeito positivo da suplementação da kombucha em combinação com a FBV observada nesse estudo, tanto no consumo alimentar quanto no ganho de peso dos animais, essa suplementação gerou hepatotoxicidade e não apresentou resultados capazes de prevenir as consequências para a saúde de uma dieta rica em gordura e açúcar, condizente com o tipo de alimentação praticada por pessoas com maior risco de DCNT.

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