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Fertilidade: Obesidade não interfere na produção de gametas

obesidade, fertilidade, IMC

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Estudo conduzido por Kim e colaboradores investigou se a obesidade e aumento de adiposidade teria um impacto negativo sobre fertilidade, considerando os parâmetros quantitativos e qualitativos da produção de gametas em homens e mulheres em tratamento de fertilidade e se a porcentagem de gordura corporal (%GC) poderia ser um método de avaliação do risco de fertilidade relacionado a obesidade. Para isso o estudo avaliou casais que estavam em tratamento para fertilidade com fertilização in vitro (FIV) com mulheres entre 18 e 45 anos e o parceiro como fornecedor dos gametas. Os participantes foram submetidos a exame de bioimpedância elétrica e o IMC foi calculado.

 

Quais foram os principais resultados?

Fizeram parte do estudo 2013 casais em tratamento de fertilidade. Entre as mulheres, a idade média foi de 35,4 anos, IMC médio de 26,2 e 33,3%GC. Já entre os homens, a idade média foi de 36,9 anos, com IMC médio de 28,7 e 25%GC. Maiores valores de %GC se associaram e menores valores de hormônio folículo estimulante (FSH) e hormônio anti-Mulleriano (HAM), entretanto, o número de oocitos não variou entre os participantes. Entre os homens, aqueles classificados como obesos apresentaram concentração e motilidade espermática (CME) significativamente menor.

Afinal, a obesidade está associada a infertilidade?

Assim, os autores concluíram que, embora a obesidade possa afetar a reserva ovariana em mulheres de forma variável, não afeta o número de oócitos maduros disponíveis. Da mesma forma, embora uma alta % GC em homens esteja associado a menor CME, isso não afeta o sucesso da FIV. Os autores destacam ainda que mais pesquisas são necessárias em termos de validação da utilidade da %GC na comparação de resultados embriológicos e de gravidez na população de fertilização in vitro.

 

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