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Glutamina pode ser prejudicial para pacientes críticos

Um estudo publicado no The Journal of Enteral and Parenteral Nutrition demonstrou que o fornecimento combinado de altas doses de glutamina e antioxidantes mostrou-se prejudicial a pacientes com insuficiência de múltiplos órgãos, que incluiu disfunção renal.
 
Trata-se de um estudo prospectivo, randomizado que foi realizado em 40 unidades de terapia intensiva na América do Norte e Europa. No total, 1.223 pacientes adultos submetidos à ventilação mecânica e com insuficiência de múltiplos órgãos foram aleatoriamente sorteados para receber: glutamina; antioxidantes; glutamina e antioxidantes; ou placebo. Todos foram administrados separadamente a partir de nutrição artificial. Esse termo “nutrição artificial” é nome técnico dado ao cardápio desenvolvido por um hospital a partir do quadro clínico apresentado pelo paciente. Em lugar de uma alimentação padrão, essa nutrição significa dar nutrientes específicos para o tratamento de uma doença ou situação clínica.
 
Heyland e colaboradores compararam cada um dos três braços do tratamento com placebo com relação a mortalidade. As taxas de mortalidade em 28 dias no grupo placebo foi de 25%, no grupo glutamina foi de 32%, no grupo antioxidante foi de 29%, e no grupo de combinação foi 33%. Na análise de subgrupos, o grupo combinação glutamina + antioxidantes se mostrou mais prejudicial em pacientes com disfunção renal.
 
“O fornecimento inicial de alta dose de glutamina administrada separadamente via nutrição artificial não se mostrou benéfica e pode estar associada a um aumento da mortalidade em pacientes criticamente doentes com insuficiência de múltiplos órgãos”, concluem os autores.
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