Porém, estudos demonstram que apenas 5% dos indivíduos internados têm administração da dieta via sonda nasojejunal, apontando que a falta de métodos eficazes para colocação desta sonda é o maior problema para a sua adesão. Contudo, na prática clínica, há vários métodos de passagem às cegas da sonda nasojejunal, com eficácia que varia de 35 a 100%.
Diante dessa narrativa, um estudo retrospectivo realizado no hospital de Zhujiang na China, avaliou, entre dezembro de 2016 a janeiro de 2020, 289 pacientes de UTI que foram submetidos à inserção às cegas de tubo de alimentação pós-pilórica Corpak, para avaliar a segurança e eficácia da colocação da sonda e identificar possíveis riscos nesses pacientes críticos, sendo a colocação feita pela equipe de enfermagem e solicitado a radiografia abdominal superior em 24h para confirmação da posição do tubo.
Observaram que a colocação pós-pilórica foi alcançada com sucesso em 83% (236 de 289), sendo que em 69% dos casos obtiveram sucesso na primeira tentativa de colocação. Pacientes com doenças neurológicas foram os que apresentaram menor taxa de sucesso na aplicação da sonda, comparados a pacientes sem esses fatores.
Com base nesses resultados, os pesquisadores concluíram que a passagem às cegas da sonda pós-pilórica foi considerada segura e eficaz em pacientes enfermos e que, apesar dos fatores de risco encontrados, a técnica ajuda na recuperação nutricional desses pacientes em UTI.