Instalação de sonda nasojejunal às cegas em UTI

Postado em 14 de junho de 2021 | Autor: Eduarda Rodrigues | Tempo de leitura: 3 min

O estudo avaliou a eficácia da passagem de sonda pós-pilórica às cegas em pacientes críticos

Nutrição enteral em pacientes críticos Quando o paciente precisa de nutrição enteral e não tolera a alimentação via gástrica, a colocação da sonda pós-pilórica é indicada para evitar complicações respiratórias e ainda atingir as recomendações nutricionais necessárias ao paciente

Porém, estudos demonstram que apenas 5% dos indivíduos internados têm administração da dieta via sonda nasojejunal, apontando que a falta de métodos eficazes para colocação desta sonda é o maior problema para a sua adesão. Contudo, na prática clínica, há vários métodos de passagem às cegas da sonda nasojejunal, com eficácia que varia de 35 a 100%.

Diante dessa narrativa, um estudo retrospectivo realizado no hospital de Zhujiang na China, avaliou, entre dezembro de 2016 a janeiro de 2020, 289 pacientes de UTI que foram submetidos à inserção às cegas de tubo de alimentação pós-pilórica Corpak, para avaliar a segurança e eficácia da colocação da sonda e identificar possíveis riscos nesses pacientes críticos, sendo a colocação feita pela equipe de enfermagem e solicitado a radiografia abdominal superior em 24h para confirmação da posição do tubo.

Observaram que a colocação pós-pilórica foi alcançada com sucesso em 83% (236 de 289), sendo que em 69% dos casos obtiveram sucesso na primeira tentativa de colocação. Pacientes com doenças neurológicas foram os que apresentaram menor taxa de sucesso na aplicação da sonda, comparados a pacientes sem esses fatores.

Com base nesses resultados, os pesquisadores concluíram que a passagem às cegas da sonda pós-pilórica foi considerada segura e eficaz em pacientes enfermos e que, apesar dos fatores de risco encontrados, a técnica ajuda na recuperação nutricional desses pacientes em UTI.

Referência 

Wang, Q., Xuan, Y., Liu, C. et al. Blind placement of postpyloric feeding tubes at the bedside in intensive care. Crit Care 25, 168 (2021).

Leia também



Cadastre-se e receba nossa newsletter