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Nutrição enteral precoce melhora prognóstico de crianças em UTI

Nutrição enteral precoce para melhorar os desfechos

Nutrição enteral precoce para melhorar os desfechos

As diretrizes para suporte nutricional no doente crítico recomendam o início precoce da nutrição enteral para melhorar os desfechos, bem como promover e manter a integridade e a função da mucosa intestinal. Dessa maneira, os autores investigaram se o inicio precoce da dieta enteral estaria associada a mortalidade hospitalar em 90 dias, além da mortalidade em 28 dias, dias fora da UTI, dias desospitalizado, dias fora do ventilador, disfunção orgânica e infecção hospitalar.

Foram incluídas crianças críticas que necessitaram de ventilação mecânica e desenvolveram hiperglicemia. Os pacientes elegíveis receberam dieta enteral e/ou parenteral para fornecer suas necessidades nutricionais. Foi realizada a avaliação nutricional destes conforme diretrizes atuais, com medidas antropométricas, e registrado as necessidades nutricionais e o quanto estes receberam de fato.

Fizeram parte do estudo 698 crianças, onde 54% recebeu dieta enteral precoce (<48horas). O grupo NE precoce apresentou menor ocorrência de imunodeficiências ou imunocomprometimento em transplante de medula óssea ou quimioterapia, receberam menos suporte inotrópico e apresentaram menor severidade da doença em comparação com o grupo que não iniciou NE precoce (p<0,001 para todos). Mais indivíduos do grupo NE precoce apresentaram disfunção respiratória como motivo primário de internação na UTI em comparação ao outro grupo. A quantidade de calorias e nutrientes recebidos foi semelhante entre os dois grupos no dia; no entanto, o total calórico cumulativo foi maior no grupo NE precoce em relação ao grupo não precoce (p<0,001). O grupo NE precoce apresentou menor glicemia de horário média que o outro grupo (112 mg/dL vs 115 mg/dL ; p = 0.02), sem diferença em hipoglicemia entre os grupos. Após ajuste das variáveis, a NE precoce associou-se a menor mortalidade em 90 dias (p<0,007), menos dias na UTI (p=0,02), mais dias desospitalizados (p=0,003), mais dias sem ventilação mecânica (p=0,003) e menos disfunção de órgãos (p<0,001) em comparação a NE não precoce. Não houve diferença na mortalidade de 28 dias.

Dessa maneira, os autores concluíram que a nutrição enteral precoce foi independentemente associada com mortalidade menor em 90 dias, mais dias sem ventilação, mais dias livres do hospital e menos disfunção orgânica após o ajuste para idade, escore z de IMC, suporte inotrópico no momento do estudo randomização, motivo principal para admissão na UTI e gravidade de doença.

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