A alfarroba (Ceratonia siliqua L.) é uma vagem comestível de cor marrom escuro e sabor adocicado. A polpa da vagem pode ser torrada e moída, transformando-se em um pó, que é utilizado pela indústria alimentícia como substituto do cacau. Esse pó, contudo, possui expressiva diferença em relação ao cacau, tanto em relação à ausência de estimulantes, como a cafeína e teobromina, quanto no seu conteúdo nutricional, além de possuir baixo índice glicêmico.
Além de conter um baixo teor lipídico (0,7% em 100 g, comparado a 23% do cacau), a alfarroba contém um elevado teor de fibras solúveis e insolúveis, vitaminas A, B1, B2, niacina, cálcio e magnésio. Estudos têm demonstrado que a alfarroba possui um potencial antioxidante muito elevado, devido à quantidade de polifenois que apresenta, que é superior à do vinho.
Um estudo avaliou os efeitos do extrato de alfarroba sobre o perfil lipídico de humanos e demonstrou que o consumo de 20 g de extrato de alfarroba durante 4 semanas reduziu os níveis de triglicérides e colesterol total dos participantes.
No entanto, a alfarroba deva ser consumida com moderação, devido ao seu alto conteúdo de taninos. Apesar de serem benéficos ao coração e às artérias, são substâncias que em excesso podem dificultar e até inibir a absorção de proteínas e alguns minerais.