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O que é irisina e por que ela é considerada um novo alvo para o tratamento da obesidade e diabetes?

A irisina é um peptídeo secretado pelo tecido muscular, que foi descoberto recentemente, em janeiro de 2012, por Bostrom e colaboladores da Universidade de Harvard. O gene que codifica a irisina foi denominado FNDC5 (do inglês, fibronectin type III domain containing 5).

Os pesquisadores descobriram que durante o exercício físico ocorre o aumento da proteína PGC1-alfa (do inglês, peroxisome proliferator-activated receptor γ coactivator1-alfa), que estimula a síntese de irisina pelo músculo. A irisina chega, então, ao tecido adiposo branco para estimular a produção da proteína desacopladora-1 (UCP-1, também conhecida como termogenina), transformando o tecido adiposo branco (cuja principal função é o armazenamento de gordura) em tecido adiposo marrom, que tem como principal função a atividade termogênica.

O fato de a irisina transformar o tecido adiposo branco em marrom tem ganhado bastante atenção por diversos cientistas do mundo. O tecido adiposo marrom está relacionado com redução da adiposidade global e menor susceptibilidade para o ganho de peso em humanos. Assim, o tecido adiposo marrom adquiriu relevância devido seu potencial contra a obesidade e doenças associadas, como o diabetes tipo 2.

Em estudo realizado em camundongos sedentários, obesos e com sintomas de pré-diabetes, pesquisadores injetaram pequenas doses de irisina. Após dez dias, os animais tiveram os níveis sanguíneos de glicose e insulina normalizados, além da perda de peso. Estudos experimentais subsequentes demonstraram que a irisina aumentou o gasto energético total, aumentou a expectativa de vida, reduziu o peso corporal e melhorou a resistência à insulina.

Entretanto, esses efeitos promissores ainda devem ser confirmados em estudos com seres humanos para que se possa identificar a irisina como um novo alvo para o tratamento da obesidade e suas comorbidades.

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