A nutrição parenteral (NP) foi desenvolvida na década de 1970 e permite a alimentação daqueles pacientes impossibilitados de se alimentar via oral, por estarem com o trato gastrointestinal (TGI) não funcionante total ou parcialmente, e garante a manutenção ou recuperação do seu estado nutricional.
Tradicionalmente, a NP fornece nutrientes (glicose, aminoácidos, emulsão lipídica, oligoelementos) através de cateter instalado em acesso venoso central (veia subclávia ou jugular), porém devido aos vários eventos adversos, uma opção é utilizar vias de acesso periféricas.
A nutrição parenteral periférica (NPP) permite a administração de soluções completas em nutrientes através de cateter mais fino instalado em veias periféricas. É indicada em casos cuja expectativa para uso da NP é menor que 15 dias e apresenta vantagens sobre o acesso central: ausência de complicações relacionadas a punção e presença do cateter central; punção venosa mais fácil, rápida e de menor custo; a fórmula, normalmente, possui mais lipídios, o que reduz a probabilidade de hiperglicemia.
Casos de indicação e contraindicação da NPP podem ser observados no quadro abaixo:
Quadro 1. Indicações e contraindicações da NPP
Indicações | Contraindicações |
– Pacientes em preparo pré-operatório com TGI sem acesso por motivo de obstrução
– Pacientes em pós-operatório com dismotilidade prolongada – Pacientes que se beneficiariam da NPP com proposta de utilização menor de 15 dias |
– Veias periféricas inadequadas
– Pacientes com restrições de líquidos – História de alergia a ovos ou emoções lipídicas intravenosas – Indicação de NP por período superior a 15 dias – Possibilidade do uso de alimentação enteral de forma efetiva – Disfunção hepática importante |
Embora menos graves que aquelas observadas em situações de nutrição parenteral central, as complicações no uso de NPP incluem: tromboflebite, reações alérgicas, infiltração de solução subcutânea, distúrbios metabólicos e hidroeletrolítico.