A solanina é um glicoalcalcaloide tóxico de sabor amargo que apresenta fórmula molecular C45H73NO15. É formado por um alcaloide, a solanidina, e por uma cadeia lateral de um carboidrato e está presente em plantas da família Solanaceae, que inclui a batata, berinjela, tomate e pimentão.
A solanina é tóxica para o organismo humano e não é destruída por processos como cozimento. Os principais sintomas de sua ingestão são diarreias, vômitos e outros problemas gastrointestinais. Em geral, humanos parecem ser mais sensíveis à intoxicação por glicoalcaloides do que outros animais. Através de relatos de intoxicações em humanos decorrentes do consumo de batatas, estimou-se uma dose tóxica para o homem na faixa de 2 a 5mg/kg peso corpóreo (p.c.). Esses valores de toxicidade se comparam àqueles observados para venenos bem conhecidos, tais como estricnina (5 mg/kg p.c.) e arsênico (8 mg/kg p.c.).
Os glicoalcalóides foram avaliados pelo JECFA (Joint FAO/WHO Expert Committee on Food Additives) em 1992, tendo o Comitê concluído que as informações disponíveis sobre α-chaconina e α-solanina não eram suficientes para o estabelecimento de um valor para uma ingestão diária aceitável (IDA) e que os níveis de ocorrência natural em batatas (20 – 100mg·kg-1 expressos em termos de solanina) não representavam uma preocupação toxicológica.
Maiores quantidades do composto são produzidas quando a planta está doente ou na fase de brotamento para proteger a nova muda, portanto deve-se evitar o consumo batatas brotadas. Outras ocasiões em que o tubérculo produz a solanina são: quando sofre cortes, amassados e machucados (principalmente durante armazenamento e transporte); ou quando é exposta ao sol, tornando-se verde. Portanto, a batata madura, saudável e íntegra possui baixos níveis de solanina e é perfeitamente segura para o consumo humano.