A metabolômica é uma nova ciência ‘ômica’ que investiga os produtos do metabolismo, os metabólitos, em resposta a modificações em sistemas biológicos – células, tecidos e fluidos corporais. Esta ciência tem sido empregada em diversos estudos visando compreender o metabolismo e os mecanismos relacionados a doenças, definir biomarcadores e verificar toxicidade à fármacos.
Os instrumentos analíticos frequentemente utilizados na metabolômica são a ressonância magnética nuclear (NMR), cromatografia gasosa e cromatografia liquida acopladas a espectrometria de massas (GC-MS e LC-MS). Estas três plataformas analíticas podem ser utilizadas individualmente e/ou em conjunto para detectar metabolitos como aminoácidos, lipídios, ácidos orgânicos e açúcares. Além disto, a investigação pode ser realizada de maneira target (alvo) ou untarget (não-alvo), sendo que na primeira são investigados compostos de interesse e na segunda são mensurados o máximo de metabólitos possível.
São exemplos de aplicações da metabolômica na ciência da nutrição: (1) perfil metabolômico de aminoácidos como biomarcador do consumo alimentar; (2) perfil de ácidos biliares plasmáticos e fecais associado com a remissão de diabetes tipo 2 após a cirurgia bariátrica; (3) ácidos graxos livres como biomarcadores para síndrome metabólica.
Portanto, a metabolômica tem se mostrado um recurso em investigações biomédicas, visando ampliar o conhecimento sobre o metabolismo normal e associado a doenças, bem como definir novos biomarcadores. Assim, as perspectivas futuras são relacionadas a aplicação desta ciência na identificação de assinaturas metabólicas de doenças, visando o desenvolvimento de terapias mais específicas e eficazes.
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