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Pacientes após ventilação mecânica: fatores impeditivos de alimentação via oral

Estudo de Moisey e colaboradores avaliou a ingestão proteica e energética de pacientes críticos hospitalizados após ventilação mecânica (VM) a fim de determinar as barreiras para uma ingestão ideal. Para isso foram recrutados pacientes em UTI que passaram por mais de 72h em VM e quantificado sua ingestão de calorias e proteinas e as dificuldades para alimentação durante 14 dias, além da quantificação da perda urinária de nitrogênio. Os pacientes que se alimentavam por via oral (VO) foram questionados sobre barreiras para uma adequada alimentação.

Foram coletados dados de 19 pacientes. A média geral de ingestão proteica destes pacientes foi de 56 g/dia e a de calorias foi de 1260 kcal/dia, aqueles que receberam somente dieta enteral (NE) apresentaram ingestão de 106g de proteína e 1628 kcal, os que receberam NE + VO apresentaram ingestão de 75g de proteínas e 1586 kcal, e aqueles que receberam somente VO, ingeriram 32g de proteínas e 870 kcal ao dia. A média de adequação proteica e calórica comparadas a prescrição foi de 46% e 71%, respectivamente. Os pacientes que se alimentaram por VO reportaram a presença de barreiras impeditivas para se alimentar em 79% dos dias, sendo citado baixo apetite, saciedade precoce, alteração no paladar, náuseas, vômitos e não gostar da comida.

Assim os autores verificaram que os pacientes críticos após VM apresentaram ingestão inadequada de proteínas e calorias, a qual é influenciada pela via de administração da dieta, sendo que os piores resultados foram os de pacientes que receberam dieta VO exclusiva.

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