Participaram do estudo 25 homens saudáveis (circunferênciada cintura[cc]: <94 cm) e 54 homens com obesidade abdominal (cc: 102 – 110cm). Os participantes com obesidade abdominal foram aleatoriamente alocados emdois grupos: um grupo com perda de peso induzida pela dieta e um grupo semperda de peso (controle).
Os indivíduos do grupo perda de peso seguiram uma dietacom restrição calórica durante 6 semanas com o objetivo de alcançar cc <102cm, seguida por um período de manutenção de peso de 2 semanas. O grupo controlemanteve a dieta e atividade física habituais.
O desfecho primário avaliado no estudo foi a alteração davasodilatação mediada pelo fluxo da artéria braquial (FAB).
Comparado com o grupo controle, a FAB não mudou no grupode perda de peso, mas houve diferença entre outros marcadores de funçãovascular: a velocidade da onda de pulso carotídeo-femoral tendeu a diminuir (p=0,065),o calibre arteriolar da retina aumentou (p<0,001) e a razãoarteriolar-venular também (p <0,01).
Além disso, o colesterol total, lipoproteína de baixadensidade (LDL), triglicérides, glicose, insulina, peptídeo C, avaliação domodelo de homeostase da resistência à insulina (HOMA-IR) e pressão arterialmelhoraram no grupo perda de peso (p<0,05 para todas as variáveis).
Todos esses marcadores diferiam na linha de base entre oshomens de peso normal e os homens com obesidade abdominal, mas após a perda depeso, tornaram-se comparáveis entre os grupos.
“Nos homens com obesidade abdominal, a perda de peso nadieta visando uma circunferência da cintura <102 cm melhorou o calibremicrovascular retiniano, os biomarcadores plasmáticos da função endotelialmicrovascular e os marcadores de risco cardiometabólico mais convencionais”,concluem os autores.