A hipercolesterolemia é caracterizada como a elevação do LDL-c acima dos valores de referência. É considerada uma dislipidemia, juntamente com hipertrigliceridemia, hiperlipidemia mista e hipoalfalipoproteinemia. Segundo a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), podemos classificar as dislipidemias como:
- Hipercolesterolemia isolada: aumento isolado do LDL-c (LDL-c ≥ 160 mg/dL).
- Hipertrigliceridemia isolada: aumento isolado dos triglicérides (TG ≥ 150 mg/dL ou ≥ 175 mg/dL, se a amostra for obtida sem jejum).
- Hiperlipidemia mista: aumento do LDL-c (LDL-c ≥ 160 mg/dL) e dos TG (TG ≥ 150 mg/dL ou ≥ 175 mg/ dL, se a amostra for obtida sem jejum). Se TG ≥ 400 mg/dL, o cálculo do LDL-c pela fórmula de Friedewald éinadequado, devendo-se considerar a hiperlipidemia mista quando o não HDL-c ≥ 190 mg/dL.
- HDL-c baixo: redução do HDL-c (homens < 40 mg/dL e mulheres < 50 mg/dL) isolada ou em associação ao aumento de LDL-c ou de TG.
O tratamento inicial das dislipidemias deve envolver estratégias não-medicamentosas, baseadas na mudança de hábitos de vida, com incentivo a alimentação saudável e prática de atividade física. No que tange as recomendações nutricionais, destaca-se a adoção de uma alimentação baseada nos princípios da dieta DASH e da Dieta Mediterrânea, a substituição dos ácidos graxos saturados por ácidos graxos mono- e poli-insaturados e a exclusão dos ácidos graxos trans. As recomendações de macronutrientes e fibras podem ser observadas na tabela abaixo.
Tabela 1. Recomendações dietéticas para o tratamento das dislipidemias. SBC, 2017.
Além disso, recomenda-se o consumo de cereais integrais, vegetais crus e cozidos, frutas, peixes e frango sem pele em substituição a carne vermelha, leite e iogurte desnatados, molhos sem gordura, alimentos grelhados, cozidos ou feitos no vapor.