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Quais os riscos associados à deficiência de iodo?

Iodo deficiência tireoide

Iodo deficiência tireoideO iodo é um micronutriente essencial para vida humana, sendo o segundo micronutriente reconhecido como indispensável para a dieta humana desde 1850.

Esse mineral é utilizado no organismo na síntese dos hormônios produzidos pelas glândulas da tireoide, conhecido como T4 (Tiroxina) e T3 (tri-iodotironina). Esses hormônios estão envolvidos na regulação dos processos metabólicos no corpo humano, sendo responsáveis ​​pelo crescimento ideal do sistema nervoso central e do cérebro. Além de sua conhecida atuação na composição dos hormônios tireoidianos, estudos mostram que ele atua também como um antioxidante, com efeitos protetores contra inflamações e câncer.

Porém, como podemos obter esse mineral através da alimentação?

Nos alimentos, o iodo é encontrado em grande concentração principalmente nos frutos no mar, como ostras, moluscos, mariscos e peixe de água salgada, porém ele pode ser encontrado também em leite, ovos e sal iodado. Cereais, vegetais e carnes são classificados como fonte secundária. Desde 1953, no Brasil existe uma campanha de combate à deficiência de iodo, tornando obrigatória a adição desse mineral no sal de cozinha comum e reforçando que, além do uso do sal, é importante haver o consumo de alimentos fontes, com valorização e incentivo a ingestão dos alimentos de origem marinha, para assim prevenir a sua deficiência.

Podemos ver no quadro a seguir, os alimentos que mais apresentam o iodo em sua composição:

Alimentos

(100g)

μg iodo
Bacalhau 110
Camarão 41,3
Leite 57,3
Ovos 24,7
Mexilhão 120
Banana Prata 47,7
Alface 21,3
Sal iodado 2.293

Apesar de ser encontrada em uma grande variedade de alimentos, a deficiência de iodo (DDI) ainda é muito comum e prevalente em alguns países.

Segundo dados recentes da OMS (Organização Mundial da Saúde), cerca de 2 bilhões de pessoas sofrem com a sua deficiência. Isso se dá pela dieta pobre em alimentos fonte, em especial com restrição de sal, o não consumo de alimentos de origem marinha, dietas vegana e vegetariana e as dietas livre de glúten.

Mas quais são as manifestações clínica ligada à deficiência?

Os distúrbios mais comuns relacionados à DDI são o bócio endêmico, cretinismo endêmico e o hipertireoidismo.

O bócio endêmico é caracterizado pelo aumento da glândula da tireoide, sendo a manifestação mais comum encontrada na DDI. O bócio se dá pela adaptação fisiologia, causada pela ingestão insuficiente de iodo, gerando um aumento da secreção do hormônio estimulante da tireoide (TSH) e T4 resultando em hipertrofia e hiperplasia da glândula.

O cretinismo endêmico se caracteriza pela DDI e a baixa concentração dos hormônios da tireoide no período fetal e primeira infância, ocasionando a danos cerebrais irreversíveis, como retardo metal e anomalias neurológicas que afetam a mobilidade, audição e visão de crianças.

Já o hipertireoidismo é uma condição na qual a glândula da tireoide é hiperativa e produz excesso de hormônios tireoidianos. Essa irregularidade se dá após longos períodos em deficiência de iodo, gerando uma adaptação metabólica. A doença pode ocorrer devido a carências de micronutrientes, ao stress e por doenças autoimunes.

Além dessas manifestações mais conhecidas, alguns estudos demonstram que a deficiência de iodo e o hipertireoidismo pode ter uma ligação com o câncer de mama, porém os dados ainda são controversos, necessitando de mais pesquisas para entendimento da relação iodo e câncer.

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