O transtorno bipolar é caracterizado por alterações de humor que se manifestam com episódios depressivos alternando-se com episódios de euforia (também denominados de mania), em diversos graus de intensidade, segundo a Associação Brasileira de Transtorno Bipolar. Diversos estudos demonstram efeitos positivos no consumo de nutracêuticos na melhora dos sintomas da depressão bipolar e mania.
Evidências sugerem que a suplementação vitamínica e mineral pode contribuir para o tratamento na fase de depressão bipolar. Já na mania bipolar, as evidências apontam para os benefícios da suplementação de minerais, ácido fólico e aminoácidos de cadeia ramificada.
Alguns pesquisadores sugerem que o uso de suplementos nutricionais, como ácidos graxos ômega-3, cromo, inositol, colina, magnésio e ácido fólico em combinação com terapias farmacológicas para o tratamento do transtorno bipolar podem contribuir tanto com a melhora dos sintomas depressivos quanto de euforia.
Um dos nutrientes mais estudados para o transtorno bipolar são os ácidos graxos ômega-3. Frangou e colaboradores analisaram durante 12 semanas a eficácia de duas doses de um membro da família dos ácidos graxos ômega-3, o ácido eicosapentaenoido (EPA, 1g/dia, e 2g/dia), versus placebo como tratamento adjuvante na depressão bipolar. Os pesquisadores verificaram que ambas as doses de EPA melhorou significativamente os sintomas depressivos.
A suplementação de colina também tem sido estudada por contribuir no tratamento do transtorno bipolar, aumentando os níveis de fosfatidilcolina cerebral e contribuindo para a integridade da membrana neuronal.
A deficiência de magnésio é comum e parece ter um impacto negativo no humor na população geral. Os sinais de deficiência de magnésio incluem fadiga, irritabilidade, insônia, perda de apetite, confusão mental e uma vulnerabilidade ao estresse. Estudos clínicos demonstram que a suplementação de magnésio (40 mEq/dia) reduz os sintomas de mania no transtorno bipolar.
Apesar dos grandes avanços e das evidências dos efeitos dos nutrientes no tratamento do transtorno bipolar, mais estudos deverão ser realizados para estabelecer doses e tempo de suplementação.