Estudos sugerem que a obesidade pode desempenhar um papel importante no aumento da incidência de adenocarcinoma esofágico e gástrico. Adenocarcinoma é um tipo de câncer que se forma nas células secretoras, que estão presentes em tecidos de órgãos como: pulmão, mama, estômago, esôfago, pâncreas, cólon e próstata.
Dois estudos coorte norte-americanos avaliaram a associação entre obesidade geral e abdominal com a incidência de adenocarcinoma esofágico (EAC) e gástrico e obtiveram resultados semelhantes. Em comparação às pessoas com IMC eutrófico (índice de massa corporal entre 18,5 – 25kg/m²), aquelas com IMC maior ou igual a 35 kg/m² foi associado com o aumento significativo do risco de EAC e adenocarcinoma gástrico da cárdia.
Os mecanismos que explicam essa relação ainda não estão bem esclarecidos, entretanto, dados epidemiológicos têm demonstrado que a obesidade é um importante fator de risco para o desenvolvimento da doença do refluxo gastroesofágico e infecção por Helicobacter pylori (H. pylori) e estudos apontam que ambas as situações estão associadas ao desenvolvimento de adenocarcinoma gástrico e esofágico.