Ícone do site Nutritotal PRO

Qual é o melhor método para determinação do gasto energéticos de pacientes em terapia nutricional?


Existem vários métodos utilizados para estimar o gasto energético (GE) de indivíduos saudáveis ou enfermos, entre eles podemos destacar calorimetria indireta (CI), água duplamente marcada, termo diluição (princípio de Fick) e fórmulas estimativas de GE.

Na prática clínica, as fórmulas estimativas, como Harris-Benedict, Mifflin-St Jeor efórmulas de bolso, são as mais utilizadas, porém, apesar de serem facilmente aplicadas, enfrentam limitações importantes como a dúvida de escolha entre peso ideal ou atual, dificuldade de avaliação e determinação do peso dos pacientes criticamente enfermos e a superestimação ou subestimação do GE que pode dificultar o ajuste da terapia nutricional (TN).

Por essa razão, a CI pode ser o melhor método para determinar o GE de pacientes críticos com ou sem ventilação mecânica. A CI é um método que estima o GE através de medidas das trocas de gás carbônico (CO2) e oxigênio (O2)nos pulmões, relacionando-os com o metabolismo de macronutrientes, e posterior calculo do GE por meio de fórmulas, como a de Weir e suas variações.

Atualmente,há diversos aparelhos de calorimetria, incluindo alguns modelos portáteis, oque permite a realização do exame a beira do leito.  Além da determinação do GE a partir da avaliação de CO2 e O2, o método permite ainda determinar o quo eficiente respiratório (QR), que indica a oxidação dos diferentes substratos energéticos pelo organismo e permite fazer ajustes na oferta de macronutrientes, como indicado na tabela abaixo.

Valor de QR

Interpretação do resultado

Conduta

> 1,00

Superalimentação

Reduzir calorias totais

> 0,90 a 1,00

Oxidação de carboidrato

Reduzir carboidratos ou aumentar lipídios

> 0,80 a 0,90

Oxidação de carboidrato, lipídios e proteína (normalidade)

Alimentação equilibrada

0,70 a 0,80

Oxidação lipídios e proteínas

Aumentar calorias totais

Fonte: Adaptado de Silva SRJ,Belarmino G, Horie LM, Waitzberg DL, 2017.

Wa ele e colaboradores compararam o GE de 161 pacientes críticos utilizando CI e 10 diferentes fórmulas estimativas de GE. Observaram que as formulas superestimaram ou subestimaram o GE desses pacientes, reforçando o uso da CI para um resultado mais efetivo da TN.

Sair da versão mobile