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Qual relação entre índice glicêmico, carga glicêmica e risco de doença cardíaca coronária?

índicie e carga glicêmica em doenças cardíacas coronarianas

índicie e carga glicêmica em doenças cardíacas coronarianas

A recomendação de redução no consumo de gorduras saturadas pelas diretrizes dietéticas já é bem conhecida em relação às doenças cardíacas coronarianas (CHD), mas recentemente diversos estudos observacionais mostram que essa substituição deve ser avaliada de perto, principalmente se esse consumo for substituído por carboidratos simples.

O estudo:

EPIC, o estudo de coorte prospectiva avaliou dados de aproximadamente 520.000 homens e mulheres, com idade entre 30 e 70 anos, moradores de 10 países Europeus.

Os voluntários responderam a questionários dietéticos e de estilo de vida ao longo dos anos, dados antropométricos foram medidos e registrados e amostras de sangue foram coletadas por profissionais de saúde treinados. Foram admitidos 452.752 voluntários e excluídos aqueles  com dados insuficientes, histórico de infarto do miocárdio, diabetes ou acidente vascular cerebral, além de consumo insuficiente de calorias comparado à necessidade energética.

Índice glicêmico:

O índice glicêmico (IG) foi calculado pela soma dos IGs de cada alimento consumido, multiplicado pela quantidade média e porcentagem de carboidratos de consumo diário.

Resultado:

Durante os 12,8 anos de estudo, 6.378 voluntários (4.267 homens e 2.111 mulheres) tiveram doença cardíaca coronária.

O GI médio variou de 50,7 (quintil mais baixo) para 60,8 (quintil mais alto); já a carga glicêmica (GL) variou de 113,7 (quintil mais baixo) a 146,6 (quintil mais alto).

Alta GL foi significativamente associado com maior risco de CHD em pessoas com sobrepeso e obesas, mas não nas de peso dentro do normal. Alto consumo de carboidratos e açúcar (exceto o amido), também foi associado à maior risco de CHD.

O alto IG foi inconsistentemente associado ao risco de CHD, e riscos aumentados foram significativos apenas em mulheres quando analisados separadamente, apesar do risco de CHD em homens e mulheres não ter sido significativamente diferentes quando ambos os sexos foram analisados juntos.

Conclusão:

Os autores concluíram que apesar de os resultados demonstrarem uma associação na dieta rica em carboidratos simples e desenvolvimento de CHD, os resultados achados foram inconclusivos, não podendo o IG e GL serem associados ao desenvolvimento da doença em ambos sexos.

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