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Qual tratamento reduz mais mortalidade e comorbidades em longo prazo: Banda Gástrica x Tratamento Medicamentoso

Pontiroli e colaboradores realizaram estudo retrospectivo a fim de avaliar a taxa de mortalidade e a incidência de co-morbidades em pacientes que realizaram bandagem gástrica (BG) em comparação a pacientes que realizaram apenas terapia medicamentosa (TM) para perda de peso.

Foram incluídos pacientes com obesidade (IMC>40kg/m² ou >35kg/m² na presença de comorbidades), entre 18 e 65 anos de idade, que frequentaram clínica de acompanhamento e realizaram BG ou TM para perda de peso. Tanto os pacientes BG quanto TM receberam a mesma orientação nutricional na época do tratamento, e foram mensurados dados antropométricos, frequência cardíaca, e realizado exames bioquímicos. Foram avaliados taxas e causas de mortalidade e admissão hospitalar em pacientes diabéticos e não, separadamente.

A taxa de mortalidade em 5 anos foi 0,8% em pacientes BG e 2,6% em pacientes TM; em 10 foi de anos 2,5% X 6,6%; em 15 anos foi de 3,1% X 10,1%; e em 20 anos foi de 7,4% X 13,4%. A redução da mortalidade em pacientes cirúrgicos em relação aos não cirúrgicos foi significativa em toda a coorte e também nos pacientes diabéticos. Quando separados por idade, a redução de mortalidade foi maior nos pacientes cirúrgicos >42 anos, e não foi observada diferença na redução de mortalidade de pacientes <42 anos. O efeito da BG sobre a redução da mortalidade diminuiu com o passar dos anos, enquanto a prevenção de comorbidades e de internação hospitalar aumentou com o passar do tempo. Em relação aos efeitos clínicos e metabólicos não houve diferença entre os grupos, exceto pela perda de peso e perda de gordura visceral que foi maior no grupo BG.

Os autores concluíram que existe comprovação dos efeitos benéficos da BG em longo prazo.

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