Todo microorganismo, para ser considerado probiótico, deve resistir às barreiras gástricas e intestinais. As espécies Lactobacilus e Bifidobacterium são as mais utilizadas em estudos científicos envolvendo a microbiota intestinal e já demonstraram ser capazes de sobreviver à passagem pelo trato gastrintestinal.
Um estudo realizado na França avaliou se o Bifidobacterium DN –173010 ingerido em leite fermentado sobreviveria a passagem pelo trato gastrintestinal. O estudo verificou que o número de bifidobactérias viáveis no íleo terminal era menor que a quantidade inicialmente ingerida, mas grande quantidade sobreviveu.
Oozer e col. observaram que a sobrevivência do Lactobacilus casei DN 114 001 consumido por meio de leite fermentado foi de 51,2% no íleo e de 28,4% nas fezes. Outro estudo duplo cego, placebo controlado, verificou que os voluntários que consumiram o produto contendo Lactobacilus casei apresentaram este microorganismo nas fezes e, portanto, concluíram que a espécie sobrevive no trato gastrintestinal humano.
A colonização da microbiota intestinal é um processo complexo e multifatorial e a permanência de microorganismos na região intestinal não deve causar enfermidades ao hospedeiro.